Castração Social
projetocastracaosocial@gmail.com


Dra. Marina Dante
CRMV SC 3583 / CRMV SP 8190
(48) 3241-1567 / 99650-4039


Hierarquia dos Artigos |
Início dos Artigos » Blog » Profissional aponta causas e tratamentos para a cegueira em pets |
Profissional aponta causas e tratamentos para a cegueira em pets |
Tutor deve procurar um profissional especializado para identificar a causa Cláudia Guimarães, da redação claudia@ciasuliieditores.com.br Por meio do olhar, os animais de companhia podem pedir um alimento, expressar algo que os incomodam e, principalmente, enxergar o ambiente em que vive. A visão é um sentido importante tanto para humanos como para animais, porém, alguns acontecimentos podem cessar essas percepções. A coordenadora do Hospital Veterinário do Olho e Clínica Wilson Grassi, ambas sediadas em São Paulo (SP), Juliana Barreto Lopes Rodrigues, explica que as principais causas de cegueira nos cães e gatos são catarata, glaucoma e doenças retinianas, mas também cita que opacidades oculares em córnea e lente também podem causar cegueira nos cães. “Há doenças, como a ceratite pigmentar e olho seco, que podem lesionar a córnea impedindo a passagem da luz até a retina”, acrescenta. Juliana revela que a catarata é a causa mais comum de cegueira nos animais de companhia e pode ter origem traumática, inflamatória, hereditária e congênita. “A resolução é sempre cirúrgica. O procedimento, hoje em dia, segue os mesmos padrões da oftalmologia humana, incluindo implante de lentes intraoculares”, aponta. Ela conta que também pode ocorrer o glaucoma, uma doença neurodegenerativa, que, por sua vez, não é, na maioria das vezes, diagnosticada em sua fase inicial: “Isso pode atrapalhar e comprometer os resultados do tratamento, ocasionando a cegueira”, explana. O leque de problemas de visão não para por aí. Juliana ainda menciona doenças retinianas, como Atrofia Progressiva de Retina (PRA) ou síndrome da cegueira súbita, que são as alterações mais frequentes no consultório. “A PRA é uma doença hereditária que leva a cegueira progressivamente devido à atrofia das células da retina. Já existem testes genéticos para identificar essa doença para que os animais não sejam cruzados”, indica. A Degeneração da Retina, também conhecida como SARDS, é uma doença retiniana com etiologia obscura, segundo Juliana, mas faz com que haja uma parada repentina do funcionamento da retina. “Geralmente é associada às endocrinopatias, como, por exemplo, o hiperadrenocorticismo”, cita. De onde vem? Algumas doenças sistêmicas também podem levar os animais à cegueira, como enumera a profissional. “Hipertensão arterial, hemoparasitoses, linfoma, doenças virais infecciosas (FIV e Felv, nos gatos), são exemplos disso”. Ela também menciona a doença renal, que pode levar a descolamento de retina, sangramento intraocular e glaucoma, diabetes, que causa catarata e retinopatia diabética, e hiperadrenocorticismo, que resulta em olho seco e ceratite pigmentar. “Sempre é recomendado um check-up sistêmico anual e, em animais acima de oito anos, deve ser realizado a cada seis meses”, orienta. A vida de um pet cego terá suas restrições, de acordo com a especialista, porém, a visão não é o sentido principal deles. “O olfato e a audição são excelentes guias para esses animais. Os cuidados que precisam é com o ambiente, que não deve ser modificado, cuidado com obstáculos, calçadas, piscinas, escadas, entre outros. Eles se adaptam bem à condição de cegueira, mas precisam de orientação e cuidado”, destaca. A casa de um animal cego, como explica Juliana, deve ser livre de obstáculos. “Existem, ainda, coleiras e guias que auxiliam esses pets para evitar batidas de cabeça. Tutores também podem buscar na internet relatos de animais de convívio que auxiliam nessa adaptação e devem adequar a casa com tapetes e cheiros a fim de que seu animal fique mais confortável no lar”, aconselha. Tratamento. Certas raças são mais predispostas a terem problemas de visão, de acordo com Juliana. “Os braquicefálicos em geral, como persa, boxer, shih tzu, lhasa apso e pug são os que mais apresentam alteração ocular. Os poodles ainda são os campeões nos casos de catarata. Schnauzer, york Shire e maltês são raças predispostas a alterações endócrinas. Os tutores devem sempre ficar alertas quanto as alterações em seus pets”, sublinha. Assim como existem diversas causas para a cegueira, há uma variedade de tratamento, como explica a médica-veterinária. “Primeiramente, o proprietário deve procurar um profissional especializado e equipado para atender e identificar o problema. Há uma diversidade de medicações, exames e procedimentos cirúrgicos que ajudam no tratamento. O importante é identificar a causa e tratar o mais rápido possível”, ressalta. Apesar das possibilidades terapêuticas, Juliana cita a importância da prevenção, já que muitas causas de cegueira são oriundas das doenças sistêmicas. “Os animais devem sempre passar por consultas oftalmológicas. Aguardar o aparecimento de alterações visuais importantes pode ser muito tarde para o tratamento efetivo da doença. A prevenção por meio de exames periódicos e atendimento com profissional especializado podem reduzir as chances do surgimento deste problema”, atesta. Para Juliana, o Brasil conta com uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses atendimentos. “Há excelentes centros oftalmológicos no País. Também contamos com cursos de especialização bem preparados para o treinamento destes profissionais. Ainda não temos tantos recursos quanto a oftalmologia humana, mas podemos nos equiparar quando o assunto é qualidade de serviços”, adiciona. Segundo ela, cada vez mais, os tutores exigem excelência no atendimento para seu pet e a área veterinária está se desenvolvendo de forma rápida e objetiva.
|
· Enviado por admin
Em Blog · 2455 Leituras ·
![]() |
